O Governo Australiano divulgou ontem (17) reformas na política de imigração. Foram reduzidas para quase a metade sua lista de categoriais profissionais necessárias; e neste corte, estão inclusos cabelereiros e cozinheiros. Detalhe: ano passado, cerca de 12% dos estrangeiros conseguiram visto para viver na Austrália após terem aprendido o ofício de cabeleireiro ou cozinheiro. [
Ou seja, baby, se tu acha que vai conseguir o 'passaporte' pra felicidade cortando o cabelo do outro ou cozinhando, esquece, tá?!]
A partir do dia 1º de julho também não serão mais aceitos afinadores de piano, jornalistas [
ui, entrei na reta!], administradores de hotéis ou decoradores de interiores. O ministro de Imigração australiano, Chris Evans, assegurou que a nova prioridade são formados universitários nos setores de
informática, mineração e saúde, onde profissionais capacitados de outros países são mais requisitados.
A reforma afetará às mais de mil escolas privadas de formação profissional que até agora educavam milhares de estudantes, que obtinham um visto para trabalharem 20 horas por semana.
A mudança de política se junta a outras medidas introduzidas recentemente e que marcam um endurecimento na política de imigração do país. Desde o final do ano passado, o governo passou a fazer novas exigências para a concessão de vistos a estudantes estrangeiros. A renda mínima que um estudante tem que comprovar através de extratos bancários do seu o países de origem subiu de R$ 19 mil para R$ 29 mil por ano - uma média de R$ 2.500 por mês. Ao solicitar o visto nas representações consulares australianas, além de apresentar os extratos bancários, os estudantes têm que apresentar documentos como matrícula em universidade ou comprovante de trabalho fixo, para provar que tem vínculo com o país de origem e condições financeiras de se sustentar na Austrália.
O Brasil é o sexto país que mais envia estudantes anualmente para a Austrália, atrás da Índia, China, Nepal, Coreia do Sul e Tailândia, respectivamente.
Segundo dados do Departamento de Imigração, no último ano 12 mil brasileiros foram estudar na Austrália. No mesmo período, houve um aumento de 20% no número de pedidos de visto por brasileiros rejeitados por embaixadas e consulados australianos. De acordo com autoridades de imigração, esta rejeição se deve a um cuidado maior das autoridades, preocupadas com o alto número de pedidos fraudulentos.
Segundo Sandi Logan, porta-voz do Departamento de Imigração australiano, desde o segundo semestre de 2009 foram recrutados especialistas em verificação de fraudes para checar documentos de estudantes vindos do Brasil, Índia, Ilhas Maurício, Nepal, Zimbábue e Paquistão. "Com a ajuda de especialistas, detectamos um alto índice de fraudes nas documentações submetidas por cidadãos desses países", disse Logan em entrevista à rádio australiana SBS.
Fonte: Estadão/EFE